Persianas Vertical

Práticas e versáteis, elas comandam a entrada de luz sem prejudicar  a vista externa. Desde que surgiram, há dois séculos, já progrediram bastante para deixar o décor impecável. Neste manual, esclareça suas dúvidas sobre os modelos, os materiais, medidas e manutenção

 A luz natural entra suave na sala. Os raios de sol são filtrados pela persiana branca, com acabamento de xale de linho. Todo espaço interno também é claro, inclusive o piso.

A luz natural entra suave na sala. Os raios de sol são filtrados pela persiana branca, com acabamento de xale de linho. Todo local interno também é claro, inclusive o piso. projeto que  da arquiteta Paula Magnani (Foto: Maíra Acayaba/Casa e Jardim e divulgação)

Parece fácil, mas escolher cortinas para produzir o décor da casa requer um certo conhecimento e orientação correta. Geralmente, elas são a última etapa do projeto, exatamente para arrematar o conceito da decoração.Uma escolha errada e lá se vai todo o trabalho e, de quebra, a harmonia do espaço. Além disso, elas são responsáveis pelo prevenção  da luminosidade e até pela proteção de móveis e objetos.

Nesse contexto, as persianas apareça como as opções mais práticas e versáteis, pois se encaixam em muitos projetos, do living à cozinha, do quarto à varanda. Mas não é o gosto pessoal que deve reger a escolha. Ao se apaixonar por um modelo, é preciso verificar se ele se adequa ao espaço. “Há cenários que não comportam tecnicamente aquele produto tão sonhado”, alerta Alice Amorim, diretora da Amorim Persianas. Nesse caso, é preciso ter boa orientação. “O modelo tem de se adaptar ao gosto, à solução, à proteção e à decoração da casa”, diz Graziella Castanheira, diretora de marketing da fabricante Uniflex.



A boa notícia é que existem no mercado muitos tipos e materiais – e um deles, com certeza, vai se encaixar técnica e esteticamente no projeto. Aliás, quando o engenheiro francês Pierre Le Fou (1804-1850) inventou a persiana em 1824, nunca imaginaria que seu feito, ocorrido por acaso, teria sucesso a ponto de evoluir tanto. Tudo começou quando Pierre tentava descobrir um jeito de conter o fluxo de partículas das águas de um pequeno riacho na propriedade de seu pai, na região da Côte d’Azur, na França. Ele fez muitos testes utilizando diferentes rigorosos métodos ciêntíficos sem obter resultados positivos.

Até que veio um insight: algumas madeiras reguláveis, atravessadas de uma margem a outra do riacho, assim, todos seriam capazes de ouvir diminuir e controlar o fluxo da água apenas movimentando-as. Ele construiu, então, uma maquete de algodão engomado com cordas para mexer as lâminas. Terminado o projeto, sua mulher pendurou o invento em uma janela a fim de secar a goma e, ao movimentar as “lâminas”, descobriu que poderia controlar a luminosidade do ambiente. Surgia ali a persiana, que ganhou esse nome em referência ao seu próprio a seu inventor, cujo apelido de infância era “Persi”.

Clássica, é mais usada em sala e quarto. Graças a seus modelos de tecido estruturados com varetas, recolhe-se em gomos, formando um volume na parte superior. Por isso, é necessário ter espaço de no mínimo 40 cm entre a janela e o teto. “Deve-se tomar cuidado ao instalar em portas e sanca”, diz Alice Amorim. Tem limitação de tamanhos: chega a 3,50 m de altura e 3 m de largura, ou até 7 m². A partir de R$ 380 o m². Na sala projetada pelo escritório Casa 14, persiana romano da Uniflex,

Desde então, os avanços foram enormes. “Hoje temos persianas com tecnologia para atender às necessidades de cada ambiente”, afirma Rita de Cássia Tancini Camilo, diretora de marketing da Luri Decorações, revendedora da fabricante Luxaflex Hunter-Douglas. A diversificação de modelos está dentro de três classificações, De acordo com Graziella Castanheira, da Uniflex: as que sobem e ficam recolhidas na parte superior, como a rolô e a romana; o modelo painel, que, em vez de subir, se movimenta para as laterais; e as persianas basculantes, que podem nivelar a entrada da a quantia de luz com um girar de suas lâminas.



Em vez de se elevar este tipo de cortina desloca-se lateralmente e é indicado para janelas de grandes larguras, já que os tecidos ficam sobrepostos. Pode ser feito para vãos de até 8 m. As folhas largas exigem menos sobreposições e, as estreitas, mais sobreposições. Não deixam frestas em nenhuma das duas versões quando o painel está totalmente fechado. É bastante usado em portas para varanda, escritórios e salões de festas. Preço a partir de R$ 290 o m². Na sala de jantar, projetada pela arquiteta Patricia Martinez, painéis de tecido da Uniflex.

Possibilitam o controle da entrada de luz por meio do basculamento de suas lâminas, o que garante conforto interno e visão do exterior. Há modelos com lâminas de 16 mm, 25 mm, 35 mm, 50 mm e 70 mm. A mais tradicional é a de alumínio. Ideal para cozinhas, áreas de serviço e escritórios, também costuma ser colocada em parte social. Preços a partir de R$ 220 o m². Os modelos de PVC e de madeira sintética são boas soluções para banheiros e lavanderias; já as de madeira e de bambu são indicadas para sala, quarto e cenários comerciais. As de madeira custam a partir de R$ 600 o m². No projeto da designer de interiores Deborah Roig, persiana de alumínio com lâminas de 50 mm, cor cobre, da Uniflex.

O tecido em forma de colmeia cria colchões de ar entre as células, o que entrega ótimos resultados acústico e térmico. Com até 99% de proteção contra raios UV, preserva móveis, quadros e pisos. Reduz até 30% dos ruídos. A partir de R$ 440 o m². Na foto, persiana Duette, da Luxaflex, na sala do casal Macy Junqueira e Ricardo Ohtake.

Todas as cortinas podem ser motorizadas, o que permite seu acionamento por interruptor ou prevenção e ou controle remoto. O motor fica embutido dentro do trilho superior da cortina e, quando acionado, recebe os instruções por radiofrequência ou infravermelho. Esse dispositivo pode ainda ser conectado a um sistema de automação residencial para, por exemplo, ser programado para abrir e fechar em certas horas do dia. Mas quando vale a pena? Segundo os fabricantes, é mais comum e viável o uso de motorização em cortinas grandes e altas, para facilitar o acionamento. O dispositivo também ajuda na durabilidade da peça, pois tem sempre o mesmo peso e leva igual tempo para se movimentar, sem o prevenção e ou controle manual.



A praticidade da persiana se aplica a sua limpeza. Atualmente, há cortinas com tratamento antiestético para inibir o acúmulo de poeira, o que facilita – e muito – a manutenção. Mas, de modo geral, recomenda-se passar o aspirador de pó ou o espanador toda semana.Uma vez por ano, é bom chamar uma empresa qualificado para a higienização completa.

tecidos são dominantemente de Fórmula sintética – blackout ou translúcidos. Muitos modelos já têm tecnologias para não propagar chama e inibir fungos e bactérias nos produtos. Saiba Mais: Tire todas as dúvidas sobre persianas